quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Vinte e 5 Invernos!


                                                            "Estórias que eu contei aqui"

      E, assim é findado mais um ano. E se inicia um novo ciclo. Se foram mais 365 dias, vividos, amados, impensados, recompensados massivamente. Nessas últimas horas do meu vigésimo quarto inverno encho os meus pulmões a todo alento e agradeço a Deus pela oportunidade do sorriso, pela vida dobrada, pelas lágrimas roladas, pelos amores ganhados e - por que não? - pelos amores perdidos!
      E como esses 365 dias passam rápido. Vira o Calendário, chega o Carnaval, vem a Páscoa, o São João... e olha só quem bate a minha porta... Os cabelos brancos que começam a surgir definem o status: Passando de uma mocinha jovem sonhadora para uma adulta desencontrada! São 25 invernos, 300 meses, 109500 dias, 2628000 horas, 157680000 segundos e ainda é pouco! ainda não deu pra aprender nem metade das minhas missões na terra! Ainda não deu pra seguir com destreza nem os passos do Evangelho. Ainda estou aprendendo, vivendo esse momento lindo!
      São 20 + 5 invernos de total amor e entrega pela vida. São 5 * 5 invernos de troca de experiências amargas, são 50 / 2 invernos de lágrimas que rolaram como a água da chuva. Já estive entre a vida, já me encontrei entre a morte! Já dei a vida e já escapei da morte! Já morei em diversas casas, já viajei um tempo, já rodei o meu mundo. Fui dona de todas as saudades do mundo e fui cúmplice de um grande amor perdido! São 25 invernos para aprender que - às vezes - é necessário sorrir pra não permitir que as pessoas segurem nas mãos as suas fraquezas. É necessário ser forte... pela vida, pelas suas belezas! 
       25 ciclos fechados, de amores acabados, inacabados e mal acabados! 25 motivos pra acreditar que amar é isso. Bater, apanhar. Rebater, rebanhar! Mesmo sofrendo, mesmo chorando... seguir amando! Acreditando que os sentires da vida são construídos da vontade que se tem em abraçá-los, em curti-los, em ama-los. Em louva-los. São 25 sementes semeadas entre amigos, Família, conhecidos e afins. São 25 livros e milhares de capítulos diferentes! São 25 estradas e vários quilômetros rodados. São 25 lembranças de que - às vezes - o que importa, simplesmente, é não se importar. São 25... 1/4 de vida, com amor em nível hard e felicidade em modo loading... 25, 25 , 25... A gosto... de total gosto/desgosto!
       O meu 24º inverno não foi nada fácil. Foram tantas dúvidas. Foram tantos encontros desencontrados. Foram tantos 'sins' e tantos 'nãos'. Foram tantos 'é dessa vez' que acabaram sendo mais um 'era uma vez!'. Tantos talvez e mais alguns por acaso. E tantos bons acasos! foram reticências que se transforam em pontos finais. Vírgulas que se transformaram em ponto parágrafo. E pontos parágrafos transformados em novos capítulos. Esse tem sido o meu livro... Uma hora na calmaria da rida gigante (Vida que segue e mundo que roda!), outra hora montanha-russa (não sabe se fica no ar ou em terreno plano). Mas, tem sido este um livro tão saudável de ler... exatamente por não ser um livro onde só se narra a chegada do príncipe em um cavalo branco e os tão desejados finais felizes... Acabando com os clichês não quero nem os finais, nem o feliz! quero a vida como ela é. Uma hora mais salgada, outra incrivelmente doce. Daqui a pouco, ela arde... Depois fica amarga. Outras horas, azeda... desanda... perde a graça e a gente perde o foco. E é exatamente quando a gente sai do foco que a vida passa a ter graça!
     Somos donos do que somos. Temos porque merecemos. Sonhamos porque amamos! E, assim... Vamos caminhando... Apertando o play, o stop e o pause. Infelizmente, não se adianta e nem se atrasa... Porque até quando a gente acha que a carroça está adiantada... estamos no passo certo! Tão curta é a vida! aproveite e curta a vida.
    E, assim se foi mais um inverno... E esse vigésimo quinto promete ainda mais emoções que o que se passou! 25, 25, 25... E eu que pensava que seria uma eterna Peter Pan! Sim, porque sempre tive pavor de crescer, mas, essa estória fica pra outro dia! E a carta de hoje vai pra esperança de dias melhores. quiçá mais negros black power... Ou brancos como uma pastinha d'água... 
     Veremos, são cenas e parágrafos para os próximos capítulos! No mais, Happy New Year para todos! E que continuem vindo... As emoções!


Aquele Abraço Bem Apertado! 
Att. Bella!


domingo, 4 de agosto de 2013

O Assassinato da Flor



(Me dê motivo - Adriana Calcanhotto)

   Quando você recolhe uma flor em meio ao jardim da sua casa ou até mesmo no quintal, quando você a toma pra si, há cuidados que você deve ter com ela e, o principal, você cria vínculos com ela. Cada flor, como cada relação de afeto é única no mundo. E, por isso, dispensa tempo e o mínimo de dedicação! E é bem nesse momento que se escondem os atos falhos e rasos de cada coração [des]humano.
     Atenção, nos mínimos gestos se escondem a capacidade que o homem tem em se esconder para não mostrar o "animal sentimental que se apega facilmente", como diz o mito Renato Russo! Queria saber utilizar-me dessa artimanha a qual não fui 'abençoada' pelas mãos divinas... (quanta injustiça!). Porque sempre acabo ali, no canto do sofá com um balde de pipoca ou um prato de brigadeiro... entregue às gordices da vida! Acontece que também não sei esconder ou mascarar sentimentos, livrar-me, resignar-me, amputar-me. Acredito que tudo que vem, que aqui está... está pra ser vivido, sentido, buscado! Essa atribuição de findar os sonhos não coube na palma da minha mão, pois, por mais impossíveis que sejam... eu prefiro por alimentá-los na Esperança de que um dia deem certo.
    "No meu caminho, o teu caminho é um nem vais, nem vou...", de certo que entender um poeta como Caetano Veloso é muita pretensão para uma reles (e pobre!) mortal como eu, mas, citá-lo nesse instante é como desnudar o pouco de alma que me sobra e que me enche de cor, de colores e de dores e menos Dolores! Eis que faço do meu o teu caminho e você não sabe por onde ir e, certamente, não seja eu quem deva ir. Porque pra gente como nós 'Não há volta e nem retorno'. Inversamente proporcional a Ilusão da Arte está a Ilusão do Amor e não seria eu - podremente mística - a revelar  os segredos dessa Morte Mática. 
     No fundo, sou eu que ando demasiado a Flor da Pele ou que vivo saindo pelos meus próprios poros, enquanto os seus são acostumados a viver esmagados num lugar onde nem você mesmo sabe que eles se escondem. E assim é a vida e, por isso, não me importo (ou deveria não me importar!). Sinceramente, não! Se cada vez que sentir, tiver que derrubar lágrimas... As derramarei. Sabe por que? Ser fraco é tão saudável quanto exalar essa força que você imagina ter, afinal, todos nós viemos do choro. As nossas raízes vem daí. E daí? Se a sua insensibilidade não te permite ver o que grita bem a sua frente! Se o que satisfaz o seu ego é o teu sorriso, teu prazer, tua vontade, ainda que por um dia e nada mais, ao passo que a minha sensibilidade - ironicamente! - implora que este momento se repita... Mesmo sabendo que até a pasta d'água que cobre o seu rosto já foi lavada - com facilidade! - da sua cara... Ou até mesmo o seu cobertor tenha limpado o resto dos traços que sobraram.
     O engraçado é que as pessoas pensando em crescer, escrevem seus rumos pensando no que pode ou não ser. No que deve ou não vir a ser. E antes de se preocuparem com o bem-estar, se preocupam com as cobranças, com a falta de espaço, com o exagero do cuidado, com perder o ritmo que vem dando às suas vidas, com a sua facilidade de seguir no mundo, com os outros laços que existem, com os filhos e os nós que nem são seus, com uma pá de coisas que não definem absolutamente nada do que pode vir a ser... Quando o que devia chamar a sua atenção era que portas estavam abertas, era que as escolhas também mortificam as pessoas, também as corroem. Principalmente, quando você dissimula as suas próprias palavras de um dia para o outro. Porra, custa olhar pro seu lado um pouco? Fora do seu umbigo? Do seu mundinho? Não precisa olhar pra o que eu quero, ao menos, veja o que eu quero te mostrar. Não abandone suas convicções, mas, tenha o mínimo de respeito pelas minhas. E, segure a minha mão - ao menos por alguns instantes - mesmo que seja para me dar um Adeus... Afinal, entre tantas escolhas que eu podia ter tido, você é a que eu fiz! O seu sorriso junto ao meu foi a minha escolha... os teus olhos negros (sempre eles!). Até o timbre da minha voz se adequou ao teu. Mas, ainda que o mundo enxergue... você não vê! Pelo menos, essa imagem... a sua câmera não tem o dom de capturar e os seus flashes brancos - quase raios! - são incapazes de tornar ainda mais nítidos esses laços, pelo simples fato de 'o essencial ser invisível aos olhos' parafraseando Antoine de Saint-Exupéry!
    Laços vestidos que pretendem ser despidos e que podem doer, sim, na alma! Meu esporte predileto tem sido te xingar em pensamento de todos os nomes ditos e indizíveis por um motivo muito simples... aquela pequena simetria básica que as pessoas/o mundo nunca se empenham em cumprir: Amor com Amor se Paga... Gentileza gera Gentileza. Quem disse que o amor não é gentileza e que não deve ser tratado com leveza? O que o outro nos transmite tem que ser tratado com o mínimo cuidado que pudermos lhes dar... Afinal, quando você se dispõe a cativar uma rosa.. você a faz ser única no mundo... todas as suas relações são únicas... Então, por que desgraça tratar das pessoas de qualquer modo? Por que ser canalha é moda e  faz bem? Ou porque ser pegador e prezar por uma coleção feminina na sua vitrine é bom pra alavancar sua virilidade na frente dos seus amigos? No fim, você acaba sendo mais lixo do que a sua coleção de garotas já que elas também podem procurar alguém que queira ocupar o primeiro lugar da fila sem esperar chegar na sua senha... Porque bem disse o Principezinho que quando se cativa alguém e ele diz que vai chegar às 4 da tarde... desde as 3 este alguém te espera! E, se você é idiota porque quer ser... Então, tudo bem! Mas, eu tô aqui abrindo os seus olhos... há alguém que te espera desde agora, muito antes das três [mais precisamente às 3:30 da manhã]. Se a princesa do seu conto de fadas, não tem defeito, não pode ser mãe solteira [que aliás, é outra babaquice da parte de vocês porque o seu relacionamento pode ser a nível de convivência com a criança, mas, o teu enlace mesmo é com a mãe dele!] ou não é ciumenta ou não te cobra nada... Sinto informar, mas, esse seu conto de fadas... tá é muito mal frequentado... E, puta merda, essa cabeçuda, burra e com um problema na mão pensa diuturnamente em o quê e como fazer pra te agradar... Portanto, se não vai ser possível, FAVOR: avisa antes! Poupa tempo e mais do que isso... poupa sentimento. E, depois disso, aparecerá outro idiota [menos ou igualmente sacana!] mas, ao menos na sua vez... Seja o menos idiota possível porque quando alguém está entregue a você. Ali, não está a metade de uma laranja, mas, ela como um todo! E se você se vê no direito de ser um filho da mãe e de um pai [literalmente falando...], eu também vou ter o direito de botar o meu bloco na rua...
   E não estar melancolicamente abusada porque também é chegada a hora da virada... sabe? Ou é tudo... ou é nada! Não tenho tempo pra esperar 'ad aeternum' por alguém que eu nem sei se vai parar, reparar... Ao passo que eu me friso, completamente paranoica... frente a tua rotatória... E, incrivelmente, ainda estamos no 180°, mas, quando o transferidor passar pra os 360° não espere que nada seja como antes... porque o mundo, como bem disse Cartola, é um moinho e não tem espaço para sonhos vãos, mesquinhos... E o vento! Sempre tão maestral... vai levando, lavando tudo pro mais longe que puder!
     E, quando lava... A menina dança! E, enquanto dança, você brota! Mas, quando você brotar... O ritmo já poderá ter mudado! E, se o ritmo muda... você não sabe o que há porque você não permitiu que nasça... e o seu tempo [Ah! Rei...] passa. Na mesma velocidade que um relâmpado, um meteoro ou uma estrela cadente... porque nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte! E se agora eu tô um pouco fraco... como uma flor brutalmente esmagada e assassinada... Acredite, irmão! Amanhã, eu posso estar [incrivelmente!] forte!


Sim, é por amor... o assassinato da flor!
muito amor e carinho!


"Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando em um aquário
Ano após ano
Correndo sobre este mesmo velho chão
O que encontramos?
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui"



(Wish You Were Here - Pink Floyd)